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Popularidade de Lula cai a níveis inéditos em seus três mandatos

Foto do escritor: Marcelo JorgeMarcelo Jorge
A popularidade de Luiz Inácio Lula da Silva caiu para o nível mais baixo de seus três mandatos como presidente do Brasil, situando-se em 24%, segundo uma pesquisa publicada nesta sexta-feira (14) pelo instituto Datafolha.

Lula foi criticado na última semana por suas declarações sobre a inflação acelerada, após ter dito: "Se um produto está caro, não compre".

Seu governo também tem enfrentado dificuldades para se comunicar com os eleitores nas redes sociais. Em janeiro, desistiu de ampliar a fiscalização sobre transações financeiras, incluindo o PIX, após uma onda de desinformação sobre um suposto novo imposto nessas transações.

Das 2.007 pessoas entrevistadas nos dias 10 e 11 de fevereiro pelo Datafolha, instituto de referência no Brasil, 24% avaliaram o governo de Lula como "bom" ou "muito bom", com uma margem de erro de dois pontos. Em dezembro, essa aprovação era de 35%.

A parcela dos que consideram o governo "ruim" ou "péssimo" disparou de 34% para 41% em dois meses.

Depois de concluir dois mandatos (2003-2010) com popularidade recorde, um escândalo de corrupção abalou a imagem de Lula e o levou à prisão. Ele retornou à presidência após vencer as eleições de 2022 contra o então presidente Jair Bolsonaro.

Agora, sua popularidade nunca esteve tão baixa.

O menor nível de aprovação anterior remonta a 2005, quando atingiu 28%, no auge do escândalo de corrupção do Mensalão, durante seu primeiro mandato, segundo vários meios de comunicação locais.

Na sexta-feira, em entrevista à rádio local Clube do Pará, Lula afirmou que era "muito cedo para falar em eleição de 2026", enquanto ainda não define se buscará a reeleição.

"Se eu estiver legal, e achar que posso ser candidato, eu posso ser candidato. Mas não é minha prioridade agora.", disse ele.

O estado de saúde do presidente, de 79 anos, também tem levantado dúvidas sobre seu futuro político. Lula passou por uma cirurgia craniana em dezembro para drenar um hematoma relacionado a um acidente ocorrido em outubro, quando bateu a nuca ao cair no banheiro. Seu médico, Roberto Kalil, disse na época ao canal Globo que "havia o risco de que acontecesse o pior". No entanto, sua equipe médica afirma que o acidente não afetou suas capacidades cognitivas.

Há três semanas, o presidente, que tem continuado a se submeter a exames de controle após a operação, declarou que estava "completamente recuperado".


lg/rsr/ll/cjc/am


© Agence France-Presse

 
 

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